21.5.11

Mudinho

Celso de Almeida Jr.


Publicado no jornal A Cidade - Coluna Política & Políticos
Ubatuba-SP, 15 de julho de 2000


Para prefeito, quero declarar o meu voto e as razões da escolha. Estou, assim, evitando que digam que fiquei "em cima do muro". Não acredito que vestir a camisa de um candidato espantará leitores. Quem acompanha os meus artigos já percebeu o meu estilo. Deve compreender a minha sinceridade, mesmo que não concorde. É este vínculo invisível que estimula quem escreve. Mas isso é outro assunto.
Votarei em A para prefeito.
Minha decisão foi baseada em vários fatores. Relaciono, apenas, alguns aspectos políticos desta postura. Não entrarei no mérito das propostas e planos de governo. Isto é tarefa para o comitê eleitoral.
Destaco as seguintes lideranças: B, C, D, E, F. Não podemos culpar G pelos defeitos destas pessoas e nem atribuir a H os resultados positivos que estes nomes proporcionaram para a cidade. Os erros e acertos representam o patrimônio moral de cada um. O mérito de I está em não ter impedido o surgimento destes nomes. Você poderá argumentar: não gostei de J, K, L.
Tudo bem. Mas quem surgiu como nova opção? Você, como eu, observador e crítico da política ubatubense, aceitaria o desafio da disputa? Talvez o problema esteja aí. Questionamos, mas não encaramos. E avanço: não estou pedindo para que o leitor seja candidato. Se for, ótimo. Mas, ao menos, participe do processo; defenda uma bandeira, um projeto, um nome.
Agora o comparativo:
Quantas lideranças M incentivou? E N? Não posso avaliar O. Cito apenas que teve uma conduta bastante elegante na questão P. Mas Q também foi solidário à R. A vantagem que ele leva sobre S, neste aspecto, são os bons exemplos.
A opção por T como vice prova mais uma vez a sensibilidade política de U. Não entro na avaliação pessoal. Mas a representatividade de V é enorme. Sobre a organização de W, não há o que acrescentar. Sua equipe é seu tesouro.
Naturalmente, a escolha de um candidato não se limita apenas a este tipo de avaliação. Mas o jogo democrático, que é o único que permite o surgimento de ideias novas e gente nova, exige cuidados especiais. Não acredito em X. Já é hora de voltarmos à normalidade. Neste quadro, Y dará segurança e tranquilidade. É o que eu penso. No fundo, Z sabe disso.

PS: A sempre "da hora" regra para a eleição deixa partidos, candidatos e imprensa numa "saia justa". Esta é a absurda democracia brasileira que quando não cala a bala recorre ao abecedário nebuloso.

Roque Santeiro
Sá & Guarabyra
Sá, Rodrix e Guarabyra