22.1.12

Consciência

Celso de Almeida Jr.


Publicado no blog Ubatuba Víbora
Coluna da Sexta-Feira
21 de Novembro de 2008


Há um princípio fundamental na Declaração da Independência Americana que lembra que todos os homens são iguais.
Durante a década de 1960, o líder negro Martin Luther King o transformou em seu sólido alicerce na luta pelos direitos civis, pela igualdade social e, principalmente, contra a discriminação racial.
A frase pétrea que trata da igualdade pode ser associada à regra de ouro de todas as religiões:
"Não desejar ao próximo aquilo que não desejamos para nós."
A combinação destes nobres pensamentos merece ser coroada por outra pérola de Luther King:
"O amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo."
Bonito, realmente; mas a maravilhosa diversidade cultural da humanidade, com suas características sociais, econômicas e políticas, explicita diferenças que, muitas vezes, torna difícil para alguns compreender porque somos iguais.
Homens assim, confusos, quando tomados pelo orgulho desmedido, ficam reféns de seus pensamentos, dominados por preconceitos, medos e tabus, considerando os seus valores superiores aos dos outros. Aí, revelam-se agressivos, torpes, sarcásticos, violentos.
E, nessa hora, Martin Luther King alertava:
"O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons."
Usar a voz, a palavra, o exemplo para tocar as mentes e os corações, inibindo comportamentos destrutivos, é tarefa para corajosos, comprometidos com as gerações futuras.
Em sua luta, Luther King bradou:
"Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos viverão, um dia, numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter."
Quanto a nós, em nossa terra, por nossa gente, ficam as perguntas:
Quais são as nossas causas?
Temos disposição e coragem para abraçá-las?

Tributo a Martin Luther King
Wilson Simonal